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A mosca

 

Era uma vez um homem muito rico que emprestava dinheiro para os pobres, mas cobrava juros. Um camponês devia uma quantia muito alta e o ricaço decidiu buscar algo de valor que ele pudesse confiscar como pagamento.

 

Ao chegar na cabana, encontrou o filho do devedor. O menino disse que o pai havia saído para cortar árvores vivas e plantar árvores mortas e que a sua mãe foi ao mercado vender vento e comprar a lua.

 

Sem entender, o ricaço ameaçou o garoto. Como não obteve resultado disse que se o menino explicasse o enigma, ele não cobraria mais o seu pai. 

 

Como o céu e a terra não poderiam ser testemunhas o menino sugeriu que fosse um ser vivo. O homem rico viu um mosca e disse: “Ela será a minha testemunha”.

 

“Trato feito. Meu pai foi cortar bambu para fazer uma cerca e a minha mãe foi vender leques para comprar óleo para o lampião.

 

Dias depois, o homem rico voltou para cobrar a dívida. O garoto lembrou da promessa e o contestou. O impasse foi tremendo que buscaram um juiz.

 

“É a palavra de um contra o outro. Não posso decidir nada se não há uma testemunha”, disse o juiz.

 

“Mas uma mosca  escutou toda a conversa”, respondeu o menino.

“Está brincando comigo, moleque?”, reclamou o juiz.

 

“Não, ela pousou bem na ponta do nariz dele!”, falou a criança.

 

“Mentiroso! Foi no batente da janela”, gritou o ricaço.

 

“Não importa. Você acabou de provar que fez a promessa, portanto o pai do garoto nada te deve!”, o juiz encerrou o caso.

 

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