top of page

A Moura Torta

 

Era uma vez um rei que tinha um filho único. Quando ele cresceu, decidiu viajar pelo mundo.

 

Nos primeiros tempos não houve nenhuma novidade. Numa tarde, quando chegava em uma cidadezinha, uma velhinha, muito corcunda, carregando um feixe de gravetos, pediu uma esmola. O príncipe, com pena da velhinha, deu dinheiro e colocou nos ombros o feixe de gravetos, levando a carga.

 

A velha agradeceu muito e disse:  — Não tenho nada para lhe dar.  Mas leve essas frutas, mas só abra alguma delas perto de águas correntes. Tirou da sacola três laranjas e entregou ao príncipe, que as guardou.

 

Dias depois, na hora do meio-dia, sentia sede e abriu uma das laranjas. Mas, quando a cortou, saiu uma moça muito bonita. — Quero água! Quero água! Não havia água por ali e a moça desapareceu. O príncipe ficou triste.

 

Novamente, sentiu sede e cortou a segunda laranja. Outra moça, ainda mais bonita, apareceu pedindo água. O príncipe não conseguiu dar água para ela e a moça sumiu como se fosse uma fumaça.

 

Quando andava até um rio corrente, sentiu sede de novo. Abriu a última laranja.  A moça que saíra da laranja era lindíssima. Quando ela disse que estava com sede, o príncipe deu um pouco de água. A moça bebeu e desencantou. Começaram a conversar e se apaixonaram. O príncipe pediu a moça em casamento.

 

Como ela estava vestida com trapos e quase nua, o príncipe disse para a moça subir na árvore enquanto iria buscar um vestido para ela. Ele saiu correndo para a cidade.

 

Nesse momento, chegou uma bruxa de um olho só chamada Moura Torta. Quando ela enchia o bote, viu o rosto da moça. Ficou assombrada por causa de tanta formosura. 

 

— Moça bonita, que está fazendo aí, feito passarinho? Desça para conversar comigo. A moça desceu e a Moura Torta pediu para pentear o cabelo dela. Quando ela estava quase adormecendo com o cafuné, a Moura Torta fincou um alfinete encantado na cabeça dela. A moça virou uma pomba branca. 

 

Moura Torta subiu na árvore esperando o príncipe. Ela colocou um véu no rosto. Finalmente, o príncipe chegou. Ela disse que o sol havia queimado o seu rosto e teria de ficar com o véu para se proteger.

 

O príncipe anunciou seu casamento e mandou convites aos amigos. O príncipe suspirava no jardim, antes do casamento, pensando se a sua noiva deixaria que ele visse seu rosto novamente na hora do casamento para

poder beijá-la. 

 

O príncipe observara uma bela rolinha que se aproximava. Ao pegar a pomba e alisar suas peninhas percebeu que havia um caroço na cabeça. Pensou que era um espinho, ao puxá-lo viu que era um alfinete. O encanto passou e a sua noiva ficou diante dele.

 

Os guardas prenderam a Moura Torta. O príncipe e a moça casaram e viveram felizes sob o sol do Brasil.

 Orgulhosamente criado com Wix.com

 

copyright © Globo Mágico. Tatiane Matheus e Daniel P.S. Filho. Todos os direitos reservados. 

 

Os contos, fábulas e mitos divulgados neste site são de domínio público. Os desenhos, animações e textos do “Blog Globo Mágico" são de responsabilidade dos autores.

 

Vídeos e fotografias enviadas para serem publicadas devem vir com a autorização do responsável pela criança.

bottom of page